fonte: CREMERJ
Talvez, a denominação que mais incomoda aos Médicos, sem sombra de dúvida, é a de serem chamados de “Prestadores”. Esta adjetivação vergonhosa persiste no Sistema Nacional de Saúde há mais de trinta anos. Ora, quem dedica na sua formação acadêmica cerca de 15 anos, não pode ser chamado, inadequadamente, de “Prestador”. É de um total desprezo pelo respeito profissional ser qualificado como tal.
Aliás, a origem demoníaca de “provedor” apareceu na Alemanha nazista, impingida aos médicos judeus. Tudo como resposta à perseguição implacável aos judeus alemães daquela época. O intuito era apagar a nobre e eficiente identidade dos Médicos.
Está mais do que na hora e no tempo de resgatarmos nossa digna e honrosa identidade médica. É bom lembrar que nós, Médicos, sempre fomos valorizados e, principalmente, respeitados pela sociedade em geral. O que está em jogo é identificação. Não desejamos ser agrupados com não Médicos. Não por discriminação, porque todos e quaisquer profissionais de todas as áreas devem ser respeitados como tal. Mas, porque nenhum outro profissional tem conhecimento científico, treinamento e experiência clínica que nós possuímos. Para nós, existe uma relação sagrada, chamada Médico-Paciente. E não, uma transação fornecedor-consumidor.
Outros profissionais não têm estas denominações escusas e degradantes. Por que querem nos classificar como PRESTADORES? No Brasil, este termo surgiu na Lei Pública 93-641, intitulada “A Lei Nacional de Planejamento em Saúde e Desenvolvimento de Recursos de 1974”. Lá, pacientes eram tratados como “consumidores” e os médicos como “prestadores”.
MÉDICOS, SIM! PACIENTES, SIM!
Este texto é baseado no artigo do Dr. Henry A. Nasrallah, que representa nosso pensamento.